sábado, 7 de dezembro de 2013

Coisas que ninguém sabe sobre mim

Choro muito. Choro em minha casa, quase todo tempo. Choro, principalmente, assistindo Glee. Podem falar o que quiser, que é uma série infantil, que é bobo, que é musical e ninguém gosta, mas Ryan Murph, pra mim, criou a melhor série do mundo. Sonho com Broadway desde que tinha uns 12 anos, cantar e atuar e ser feliz. Mas, como nada é exatamente como queremos... Obrigada Ryan, por me fazer ver o que perdi e chorar. Choro quando vejo algo bobo, como uma criança sendo gentil, uma pessoa ajudando um idoso, ou um simples gesto de educação. Péssimo né? Ficar emotivo por coisas que deveriam ser cotidianas. Me emociono demais em casamentos. Não sei se sabem, mas canto em casamentos, desde que tinha 7 anos, com meu pai. Cantei em inúmeros casamentos, pois hoje tenho 23 (quase 24) e eles nunca me deixaram emotiva, mas, após um tempo, mais especificamente há uns dois anos, tenho me emocionado demais. Choro de verdade nos casamentos que canto, de pessoas que nunca vi na vida. Choro quando ouço os sim, certos e indecisos, ao mesmo tempo. Choro ao ouvir de declarações, ou mesmo agradecimentos, dos noivos. Mas é choro de alegria. De ver duas pessoas se unindo, mesmo achando, quase sempre, que essa união não será eterna. Outra coisa péssima, pois isso devia ser praxe na vida de pessoas, correto? Casar com a pessoa que tem certeza, ter filhos, cuidar e ser feliz e, por fim, se tornar velhinhos e morrer juntos. Quantas pessoas viveram essa realidade? Quase nenhuma, não é? Por isso choro. Choro porque sempre acreditei, desde pequena, em casamento, em amor, tudo o que a Disney sempre nos ensinou, principalmente a parte do felizes para sempre, mas, mesmo assim, aprendemos no decorrer do tempo, que as coisas não são exatamente como imaginamos. Choro. Choro, por ver pessoas que aprecio, pessoas que conheço e admiro, pessoas que sempre tive respeito, traírem, mentirem, entre outras coisas imorais. Choro por saber que pessoas incríveis, que são capazes de coisas inimagináveis, também são capazes de coisas comuns, de coisas sem valor, pelo prazer carnal. Não, este texto não é sobre traição, é sobre o fato de eu chorar demais mesmo, por coisas realmente significativas e coisas supérfluas. Choro por Glee, em casamentos desconhecidos, choro em livros (e isso é inusitado, mas quando um autor me conquista, choro em suas frases bem feitas, mesmo que elas não sejam emocionantes). Choro em pensar no futuro, porque sou uma pessoa perdida em todos os sonhos que um dia tive. O sonho de estrelar na Broadway como cantora e atriz, o sonho de morar em qualquer lugar que valorize cultura, acima de qualquer coisa, o sonho de ser alguém de sucesso e acreditar nisso, pois meu maior defeito é falta de credibilidade em mim mesma e, principalmente, o sonho de fazer algo que amo, todos os dias, mesmo não sabendo o que isso significa.


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