sexta-feira, 26 de julho de 2013

Começo sem fim

Me peguei, hoje, caçando inspiração. Não sei você, mas eu tenho um processo criativo incerto e não possuo domínio sobre o que pode me inspirar. Às vezes, escuto alguma música nostálgica, ou algo muito novo, que nem me agradou ainda, mas poucas dessas vezes, isso resolve alguma coisa. Ora ou outra eu leio algum livro que me apaixonei, quando mais nova (mais especificamente Harry Potter's), mas isso só me faz lembrar de como era bom ter tempo para ler, escrever e sentir meu processo criativo. Algo que me inspira é conhecer novos lugares, novas cidades, novas histórias, mas nem todos os dias tenho dinheiro, tempo ou paciência para isso. Algumas pessoas me perguntam por que eu gosto dessa loucura de visitar cidades grande e até querer morar nelas, esse gosto pela correria, essa vontade de "passar nervoso", mas, sabe... Meu problema é gostar do novo. Eu gosto do novo, do diferente, do exótico, do excêntrico. Eu gosto de cinema cult e música indie, eu gosto de estampas de cortina antiga e gosto de filtros que deixem as fotos bem amarelas, mas gosto das coloridas e de pop art. E gosto de recortes modernos e jornais velhos, gosto de cheiro de café e suco de acerola fresco. Acho que o problema não é apenas meu gostos diferentes ou anormais, afinal, não tenho uma personalidade definida, mas, talvez, seja a questão de nunca sair do mesmo lugar. 



Vivo me repetindo "size the day", "life is short" e pretendo, até, tatuar isso em algum lugar do meu corpo, mas, outrora, não consigo realmente colocar em prática, 24 horas por dia, essas frases de efeito. Quem conhece meu mal humor matinal ou de inverno, sabe do que estou falando. Mas não é apenas mal humor. Não é apenas alguns dias, que isso acontece. Minha bagunça é uma coisa que nem eu compreendo. Não sei o que realmente me faz feliz, em todos os sentidos, não apenas no amor, ou amizade, ou fé. Quando era criança fazia inúmeras coisas que me deixavam alegre e, dentre elas, muitas coisas que pensei que pudesse seguir a vida fazendo, mas não foram. Cantar, dançar, atuar e, por fim, escrever. Apesar de manter esses aspectos na minha rotina, não são como previ. Não são como desejei. Mas ao mesmo tempo que penso "como eu queria fazer isso..." eu penso, "como eu faria isso?". Por que tanta bagunça, massinha cinzenta? Não é por falta de consciência, noção ou qualquer coisa capaz de discernir o que é bom ou ruim, é apenas, minha bagunça.

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