terça-feira, 30 de junho de 2015

Muito tempo a gente passa pensando: será que um dia vou encontrar o amor da minha vida?

Acredito que a maioria das pessoas já se fez essa pergunta, até aquelas que aparentam não ter sentimentos. Acredito que, além de se perguntar, as pessoas pensam demais sobre a necessidade de encontrar o amor de suas vidas. A questão é, será que ele já não passou por sua vida e você não foi capaz de identificar? Ou foi, mas não deu certo?

Acredito que este seja meu caso. 

Discuto sobre relacionamento com todas as pessoas que conheço, até com as que conheço há pouco tempo. Algumas acreditam que amor é uma vez só. Alguns acreditam que podem amar quantas vezes quiser. Eu acredito um pouco nos dois. 

Durante meus vinte e cinco anos de vida, eu amei muita gente. Cada um de uma forma particular, diferente, mas amei. Amei descontroladamente, achando que nunca mais fosse viver sem a pessoa, fosse namorado, amiga, amigo. Amei incondicionalmente (pelo menos achava que era), amei de verdade, amei de mentira. Mas sempre existe aquela pessoa que consegue tirar tudo de você.

Não me refiro a algo pejorativo, degradante, mas sim, todo o seu potencial de amor. Acredito que se pode amar demais, amar muitos, muitas. Acredito que amor é algo a ser distribuído e se isso fosse feito com mais frequência, talvez mudasse muita coisa em nossa realidade diária.

Eu creio que existam pessoas que cheguem e tirem tudo o que existe em nós. As coisas boas e as ruins. Lágrimas. Desespero. Emoção. Desejo. Elas te apertam até você deixar sair tudo o que foi absorvido durante todos os seus anos de vida e experiência. Elas te fazem sentir a pessoa mais feliz e mais depressiva do universo. Te fazem sorrir com cara de idiota e chorar como se o mundo fosse queimar. O verdadeiro 8, 80. 

Esses são os amores de nossas vidas. Nós damos tanto de nós, que ficamos vazios. Nos jogamos da ponte, das pontes, porque sempre temos certeza que essa pessoa vai nos pegar lá embaixo.

Mas se a gente tem isso, se a gente conseguiu alcançar o ápice do sentimento humano (relevando o amor fraternal), por que, às vezes, não vivemos isso para sempre? Não aceitamos esse amor e abraçamos a pessoa que foi "destinada" a nós?

Como é possível sentir saudade, mas não querer estar junto?

Como é possível que faça muito mais sentido estar só, que sentir esse amor dedicado?


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